Levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo apontou que apenas um parlamentar, entre os 70 deputados federais e três senadores eleitos pelo estado paulista, e os 37 líderes partidários, teria a candidatura cassada se entrar em vigor neste ano o projeto da Ficha Limpa. Caso o texto não seja modificado na votação no Senado, apenas Paulo Maluf (PP-SP) tem uma condenação por órgão colegiado que se enquadra nos requisitos da proposta. Do universo pesquisado, 37 congressistas já foram condenados, ou são réus ou indiciados, mas nenhum desses se enquadra nas regras da lei. Por meio de sua assessoria, Maluf disse que já recorreu e não desistirá da sua candidatura. Pelo projeto, ficam inelegíveis os condenados por decisão colegiada da Justiça, mas cria-se o efeito suspensivo, que permite recurso a outro órgão superior. A pouca eficácia sobre congressistas ocorre, para especialistas, por eles terem foro privilegiado. "Normalmente eles são julgados mais lentamente", afirmou Marlon Reis, presidente da Associação Brasileira dos Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais. "Mas muitos vereadores, prefeitos e candidatos de primeira viagem devem ser atingidos", completou. Informações da Folha.